sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

JESUS COM VERGONHA



Já faz algum tempo que o nome de Jesus já não é mais o mesmo. Pois é, aliás, infelizmente, desde Constantino que o nome "Jesus" vem perdendo significado e respeito. Antes de você me chamar de herege ou desrespeitoso, saiba que eu não falo do único Nome que é sobre todo nome, o qual, um dia, toda língua confessará como Senhor, o único Nome proclamado com poder e autoridade pelos apóstolos do Novo Testamento, diante do qual os poderes malignos tremem e se dissipam.

Que fique bem claro! Não estou falando do Nome que transcende o nome histórico ou cultural de "Jesus". O Nome do Verbo de Deus é irretocável, não há como ser mal interpretado, distorcido ou distanciado do Nome do Deus Conosco, Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade e Príncipe da Paz, visto que este Nome faz efeito é no coração dos que creem e não em suas cordas vocais.

Entretanto, é preciso entender que existe Jesus e "Jesuses"... O primeiro é Deus, Senhor de todas as coisas. Levou sobre si as nossas dores, enfermidades e pecados. O castigo que nos trás a Paz foi posto sobre Ele, apesar dele mesmo não ter cometido nenhum mal ou pecado... Este orou por seus inimigos e os abençoou, ensinou o perdão e o amor incondicional. Ofereceu-se como fiador e resgatador das nossas dívidas de sangue, mesmo sendo, nós, ainda pecadores, maus e sem merecimento algum. O Jesus, Senhor, ensinou a dar de graça o que recebemos de graça. E por graça, misericórdia e bondade Dele nos salvou quando expôs os principados e as potestades ao vexame de serem subjugados e vencidos por Ele, em Sua morte inocente na cruz do Calvário.

Mas existem os "Jesuses" proclamados e "evangelizados" mundo afora que, não obstante seus nomes serem escritos e pronunciados com as mesmas letras que compõem o nome histórico de Jesus, nada tem a ver com o Nome de Jesus, Senhor dos senhores.

O Jesus que pede oferta para abençoar, curar, prosperar ou livrar do "devorador" não é o mesmo Jesus anunciado pelo nosso irmão e apóstolo Pedro ao paralítico, na entrada do templo, que de um salto, se pôs em pé pelo poder do Nome do Senhor.

Há quem insista em fazer de Jesus um deus pedinte, mesquinho e barganhador, um deus nada misericordioso, que ama somente na medida em que é amado e servido por aqueles "da fé", "da visão" ou do desgraçado “sistema denominacional”, que despreza os que não sabem pronunciar seu nome corretamente ou não se desgastam em sacrifícios intermináveis de campanhas, atos proféticos e propósitos puramente humanos.

Sim! O Jesus Senhor, tem vergonha de ser confundido com o Jesus das multidões, das massas de manobra, do mercado do Jesus Gospel, da moda e das fábricas de "levitas", "ungidos" e até “macumbeiros evangélicos” que proclamam com os pulmões cheios de emoção o nome do Jesus Show e o Jesus Curandeiro ou Exorcista, que fazem o que fazem não para anunciar a chegada do Reino de Deus, mas para lucrar e construir seu próprio reino particular de mansões nada celestiais.

O próprio Senhor nos preveniu dos "Jesuses" que viriam em seu nome: "Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?

Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade." (Mateus 7:22,23)

O Jesus simples do Evangelho, não pode ser confundido com o Jesus que ensina a obtenção egoísta dos bens de consumo, a ostentação por ter um cargo ou função denominacional, o acúmulo de tesouros onde a traça e a ferrugem destroem, dos templos de mármore e ouro construídos na areia das vaidades de alguns dos modernos "apóstolos", "missionários", "sacerdotes" e "pastores".

O Jesus, Palavra da Vida, não é dobrado pelos estatutos denominacionais nem por decretos de homens, não é convencido pelo muito falar, não é "profetizável" de acordo com o bel prazer do homem, mesmo que este seja um "homem de Deus". Mas o Jesus Senhor é galardoador de todos os que o buscam com gratidão e consciência da boa notícia de que já está tudo pago e que é tudo de graça agora, para qualquer um que O aceitar como Senhor e Salvador de sua vida e buscam o Seu Reino e Justiça em primeiro lugar.

Não é difícil diferenciar o Jesus, Pão da Vida, do Jesus que vive do pão, do dinheiro depositado no altar não com gratidão, mas como bolsa de valores... como comprar de bênçãos ou troca de favores. O Jesus da Verdade ensina que a vontade soberana é sempre de Deus e não dos caprichos humanos. O Jesus Vivo não é o Jesus da religião, do templo ou do proselitismo institucional, político e eleitoral, mas sim o Jesus que tem as chaves da morte e do inferno, que tem as Palavras de Vida Eterna.

Não escrevo com o objetivo de ofender ninguém, pelo contrário! Oro para que aqueles que falam em nome deste Jesus poste-ídolo, arrependam-se e creiam no Evangelho genuíno enquanto há tempo, pois "Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme." (2ª Pedro 2:1-3).

O Jesus, Verdadeiro Deus, não é o Jesus Mitra ou Maytreia, não é o Jesus restrito ao Cristianismo somente, não é o Jesus Acusador ou Exterminador dos infiéis. O Jesus, Consolador, é o caminho de volta para Deus sem preço, sem mistério, sem magia, sem véus, em qualquer tempo ou lugar.

Que O DEUS ÚNICO que tem o Nome sobre todo o nome te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

PAPA BENTO XVI AFIRMA: MATEUS 28:19 É INVENÇÃO DA IGREJA DE ROMA



Livro “Introdução ao Cristianismo” do Cardeal Joseph Ratzinger, (Papa Bento XVI) 1ª Edição, 1968, pág. 82-83:

"The basic form of our (Matthew 28:19 Trinitarian) profession of faith took shape during the course of the second and third centuries in connection with the ceremony of baptism. So far as its place of origin is concerned, the text (Matthew 28:19) came from the city of Rome." The Trinity baptism and text of Matthew 28:19 therefore did not originate from the original Church that started in Jerusalem around AD 33. It was rather as the evidence proves a later invention of Roman Catholicism completely fabricated. Very few know about these historical facts." --- Introduction to Christianity By Joseph Ratzinger. page 82-83. THE 1968 EDITION.

Tradução:

“A forma básica da nossa profissão de fé trinitariana (Mateus 28:19) tomou forma durante o curso dos séculos segundo e terceiro em conexão com a cerimônia de batismo. Medida em que o seu lugar de origem está em causa, o texto (Mateus 28:19) veio da cidade de Roma.” O batismo da Trindade e texto de Mateus 28:19, portanto, não se originou a partir da Igreja original, que começou em Jerusalém por volta do ano 33. Era um pouco como a evidência demonstra uma invenção posterior do catolicismo romano completamente inventada. Muito poucos sabem sobre estes fatos históricos." --- Introdução ao Cristianismo por Joseph Ratzinger. página 82-83

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Clique nos links abaixo para conferir o texto na Edição 1969 em inglês, diretamente traduzida do original publicado em 1968 no alemão. (O texto começa na última linha da página 82)

LINK 01

Como é próprio de Satanás, o Vaticano já providenciou cortes em edições posteriores!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

DOMINADORES DE CONSCIÊNCIA



"Tendo Jesus chegado ao templo, estando já ensinando, acercaram-se dele os principais sacerdotes e anciãos do povo, perguntando: com que autoridade fazes estas coisas? E quem te deu essa autoridade? E Jesus lhes respondeu: Eu também vos farei uma pergunta; se me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. De onde era o batismo de João, do céu ou dos homens? E discorriam entre si: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não acreditastes nele? E, se dissermos: dos homens, é para temer o povo, porque todos consideram João como profeta. Então, responderam a Jesus: Não sabemos. E ele, por sua vez: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas cousas" (Mateus 21 :23-27). 

No episódio relatado no texto acima, Jesus teve a oportunidade de argumentar em defesa da sua autoridade, bem como de ameaçar com punições no além aqueles que não se submetiam a ele. No entanto, Jesus não respondeu a pergunta dos inquiridores, antes subordinou sua explicação à resposta deles para um dilema que não estavam disposto a enfrentar.

Jesus não era autoritário, mas tinha legítima autoridade. Em razão disso, o Filho de Deus não precisava se impor com ameaça e argumentações falaciosas. Ele não procurava convencer os outros de sua posição, pois sua distinção era notória, de acordo com o versículo abaixo:

"Maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas" (Marcos 1:22).

Os soldados que foram prender Jesus em uma certa ocasião é que foram prendidos por sua pregação, e tiveram que se justificar perante seus superiores, dizendo: "Nunca ouvimos alguém falar como aquele homem falava".

Jesus não era um dominador de consciências. A sua doutrina exposta por seus discípulos foi transmitida primeiramente por ele através de seus atos. Quando ele .perdoou o paralítico de seu pecados em virtude de sua fé, nos falou da justificação pela fé; quando dizia para ir em paz aquele a quem perdoava, mostrava que seu perdão era pleno e dava segurança já nesta vida; com uma criança nas suas pernas, ele ensinou a humildade que possibilita o arrependimento; no seu grito final (ESTÁ CONSUMADO) deixou evidente o significado expiatório de sua morte. O mestre afirmou: " Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas".

O Senhor não estava preocupado em convencer a todo custo os seus opositores da veracidade de sua doutrina, pois ele sabia que os sinceros discerniriam a sua procedência: " se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se falo por mim mesmo" (João 7:17).

A mensagem cristã, que confunde-se com a anunciação do próprio Jesus, satisfaz o clamor humano por um caminho de retorno a Deus, bem como tem a coerência interna que atende as exigências da razão humana, assim como responde as necessidades existenciais de cada um de nós. Jesus se proclamou "o caminho, a verdade e a vida". Ora, se a mensagem evangélica se adequa às carências da natureza humana, então não precisa ser imposta.

É verdade que o pecado nublou a capacidade humana de discernimento, mas o Espírito Santo atua sobre aqueles que ouvem a palavra de Deus com um coração aberto, de tal modo que as escamas caem de seus olhos, proporcionando-lhe a visão da beleza do evangelho.

Nos primórdios do cristianismo os apóstolos, seguros da integridade do que pregavam, não anunciavam de forma impositiva a sã mensagem mas, com muito zelo de evangelizar, anunciavam a Cristo, confiando na direção do Espírito e esperando pelo toque divino nos corações. Não interessava aqueles santos homens fazer adeptos, mas sim, convertidos. Em face disso, não se colocavam como mediadores entre Deus e os homens, mas apresentavam Cristo ao mundo, a fim de que cada um, de forma voluntária e consciente, tivesse um encontro pessoal e direto com o Filho de Deus. Vejamos alguns versículos que evidenciarão o que temos dito:

'Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vossa alegria; porquanto, pela fé, já estais firmados "(II Cor. 1:24).

"Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer...nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho." (II Pedro 5:2,3).

"...Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes porventura, batizados em nome de Paulo?" (I Cor. 1:13).

Os pastores da igreja primitiva se viam como servos da igreja, sendo eleitos pelos irmãos em assembleia congregacional (Atos 14:23). Existiam cultos participativos em que todos podiam falar (I Cor. 14:26).

Na antiga comunidade cristã só se reconhecia a autoridade da Escritura, e não por apego supersticioso a um livro. Os cristão entendiam que Deus não podia ser alcançado pela razão humana, pois se isso fosse possível, Ele seria menor ou igual a nós. Em razão disso, Deus tinha que revelar-se para que o homem pudesse conhecê-lo, e isso em dimensões humanas, o que ocorreu através de Jesus. A Bíblia era o livro que falava de Jesus, logo tinha que ser verdadeiro e fruto de inspiração para que a revelação de Deus em Cristo não fosse vã, já que esta só foi conhecida nas gerações posteriores à ascensão de Cristo através do texto sagrado. Os irmãos eram cristocêntricos e não biblicistas, ou seja, amavam a Bíblia na medida em que por ela conheciam a Jesus.

Não quero aqui afrouxar os padrões elevados e santos do evangelho, nem muito menos questionar os seus relatos sobrenaturais que são irrefutáveis, mas gostaria de contender com os métodos legalistas de alguns pregadores que pretendem controlar os outros e dominar a consciência alheia, como se a obediência por "pressão" tivesse algum valor diante de Deus, e como se o evangelho fosse tão fraco que precisasse se valer dessa coisas.

É lamentável que lideres religiosos determinem aos seus discípulos os que estes podem ler, fixando um verdadeiro INDEX, bem como estabeleçam as igrejas que eles podem visitar, esquecendo-se que o apóstolo Paulo reconheceu a capacidade dos verdadeiros cristãos julgarem por si mesmo as coisa espirituais, dizendo: " Examinai tudo, retende o que é bom " (I Tess. 5:21).

Concluo este artigo, citando as palavras de Martinho Lutero: 'Que miséria maior pode haver na igreja do que ser aglutinada não pelo amor, mas pela força? Que os pontífices imperem não pela bondade, mas pelo poder? Que os súditos sirvam não por amor, mas coagidos por ódio e temor?

Texto extraído do Jornal Trombeta de Sião - Ano I - No. 5 - Nov. / 1997
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Editor Responsável - Pr. Glauco Barreira Magalhães Filho