segunda-feira, 21 de outubro de 2013

EM BUSCA DE PEDRO

Oito e quinze da manhã de março.

Jô Betts destrancou a porta de sua casa de peixe.

A tabuleta em cima da porta dizia:




“BETTS E FILHO”
PESCADOS DE QUALIDADE – ATACADO E VAREJO
SERVINDO A CIDADE POR 40 ANOS

Jô abriu a porta, que rangeu um pouco, entrou e metodicamente, pendurou seu casaco no cabide ao fundo da sala. O lugar recendia a peixe e salmoura. Jô tomou respiração funda, aspirando o ar. Tinha se habituado em gostar do cheiro. Fazia-o sentir-se em casa. Ele herdara aquela casa de peixes de seu pai já falecido.

Betts e Filho andaram beirando a falência. Eles eram os únicos vendedores de peixe da cidade que conseguiram superar a crise financeira.

Agora os negócios iam bem.

Mais tarde, naquela manhã, quando o movimento estava intenso, Jô repentinamente levantou os olhos e viu um estranho à porta.

Era de aparência comum e trajava um terno azul. Mas não sei porque, havia alguma coisa diferente naquele homem. Especialmente nos seus olhos.

O vendedor de peixes não era poeta, mas havia uma luminosidade nos olhos daquele personagem estranho.

Jô por um instante quase se esqueceu do que fazia. E, então, caindo em si, perguntou:

“Posso servi-lo em alguma coisa senhor?”

O estranho sorriu e chamou:

“Jô, venha comigo. Tenho estado a sua procura. Tenho um serviço muito importante pra você. Ninguém mais pode fazê-lo.”

Jô piscou e engoliu em seco.

Certamente ele não ouvira bem.

Nunca vira esse homem.

Como podia saber o seu nome?

Seria louco?

Jô tinha estado ocupado em abrir um barril de bacalhau. Deliberadamente largou a ferramenta que tinha na mão e, quase hipnotizado, sem proferir nenhuma palavra de explicação aos seus empregados, saiu pela porta e seguiu pela rua ao lado do estranho.

Jô Betts nunca fora um homem religioso...

Nunca se incomodara muito com igrejas...

Mas aqui está a história de como ele se tornou um discípulo do Senhor Jesus Cristo, e nos anos que se seguiram Jô se tornou um influente defensor da fé cristã e do reino de Deus na capital daquele país.

Sim queridos irmãos meus, esse caso pode lhes parecer muito curioso. Há qualquer coisa nesta história que não soa como verdade.

Que homem, em seu perfeito juízo, iria embora com um estranho?

Mas foi isso exatamente o que aconteceu. Eu simplesmente usei um pouco da imaginação, traduzindo em termos modernos a história do chamado de Pedro e André como é narrada no capítulo 4 de São Mateus:

E Jesus, andando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos-Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, os quais lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Eles, pois, deixando imediatamente as redes, o seguiram. (Mateus 4:18-20)

Os irmãos e amigos já pensaram em quão louca deve ter parecido essa decisão de Pedro e André perante seus contemporâneos?

As vezes eu tenho imaginado... se eu estivesse lá, se eu estivesse no lugar de Pedro, teria eu tido a coragem de fazer como eles fizeram?

Teria você essa coragem?

Era difícil ignorar o carpinteiro de Nazaré. Havia algo nele que atraía os indivíduos, que impelia à obediência. O Novo Testamento fala dele como quem “fala com autoridade” e a multidão o seguia... (São Mateus 7:29)

Ou o amavam devotamente... ou o odiavam amargamente.

Era difícil a neutralidade. Ter um encontro com o Mestre Nazareno significava mudança de vida, pensamentos, gênio. E muito mais.

Eu posso imaginar o Novo Testamento sem alguns dos seus personagens... mas você poderia imaginar o Novo Testamento sem a figura de Pedro? Dificilmente.

Se você analisar exclusivamente as discussões de Pedro com Jesus cristo... o relacionamento de Pedro com outros personagens do Novo testamento, você teria a historia da salvação talvez claramente revelada.

Pedro é dinâmico, impulsivo e extrovertido. Nas páginas do novo testamento acham-se registrados graves erros e grandes virtudes na vida do discípulo. Haja vista, o acontecimento do dia de Pentecostes, quando ainda com dinamismo, mas mansamente, ele pregou o evangelho e 3.000 almas foram batizadas. (Atos 2:41). Agora ele era homem que tinha comunicação com o Deus vivo. Porém, nem sempre foi assim... Por ocasião do Pentecostes, algo tinha acontecido com Pedro.

Pela análise que pude fazer do caráter de Pedro, eu conclui que a característica pessoal mais saliente neste discípulo era o seu sentimento de “eu posso cuidar de mim mesmo”.

Um tipo independente, dotado de um avançado grau de auto suficiência... segurança própria. Era um homem já experimentado na vida e sempre com as respostas na ponta da língua.

Jesus disse: “Tu me negarás, Pedro”, mas Pedro respondeu: “Ainda que eu tenha que morrer contigo, não te enganarei.” Mesmo que os outros te abandonem, mesmo que todos fujam, Senhor comigo podes contar... eu permanecerei firme... Os outros poder ser intimidados, mas eu não o serei tão facilmente. Eu estarei lá para socorrer-te. Eu estarei lá para te ajudar. (Mateus 26:33-35).

Ninguém pode dizer que Pedro não estava sendo sincero. Eu creio plenamente na sinceridade dele. Ele estava completamente motivado pela idéia de estar ao lado do seu Mestre protegendo-o.

Ninguém, absolutamente ninguém, pode colocar em dúvida as boas intenções do discípulo... Ele falava com franqueza... O problema de Pedro era o seu sentimento de auto suficiência... Ele se apoiava em si mesmo...

O sentimento do discípulo era: “Eu não somente posso cuidar de mim mesmo... como também não consigo imaginar coisa alguma que me faça fugir.”

Pedro não se conhecia... Ele se assemelha a muitos de nós hoje... Falamos mas não compreendemos o significado de nossas palavras... Nossas palavras estão longe da realidade... Elas não têm profundidade.

Pedro até então nunca tinha olhado para o seu o próprio coração. Ele realmente não se conhecia. Ele se vangloriou, mas mesmo assim estava temeroso. Ele era o que fazia mais barulho, o que mais falava. Com explicar tal inconsistência? Geralmente as pessoas mais intimidadas são as que mais falam...

Certa vez um psiquiatra do Hospital Mental de Santa Elizabete em Washington disse:

“Nós temos aqui um paciente que fala o tempo todo. Ele fala ruidosamente. Ele na realidade é medroso. Eu penso que não temos aqui nesse hospital alguém mais assustado.”

Assim era Pedro... jactancioso... falante... ele estava tentando tranqüilizar-se. Falando daquela maneira, Pedro tentava se convencer de que ele permaneceria firme. Ele não teria agido desta maneira tão jactanciosa se realmente cresse assim... Mas a verdade era que ele estava apavorado e sua jactância foi como que uma capa para ocultar-lhe o medo.

Quando a mulher disse: “É você um Galileu?” (São Lucas 22:56). Ela não quis dizer com isso que era sua inimiga. Porem Pedro se sentiu atemorizado que explodiu com pragas e maldições. Ele estava amedrontado. (São Mateus 26:73,74).

Aqui estava um dínamo carregado de energia... energia humana que precisava ser substituída pela energia do Espírito Santo.

Quando deus se manifestou a este discípulo, um milagre entrou em operação. Pedro era um homem bondoso, sensível, ele desejava muito fazer as coisas corretamente. Ele era tremendamente sentimental e possuía uma grande habilidade a que nós chamamos de “reação emocional”. O problema era que tudo isso precisava ser colocado sob o controle de Deus e canalizado para uma atividade construtiva. Esse era o plano do Senhor Jesus Cristo para Pedro. Mas, primeiramente, o convencimento, a suficiência própria de Pedro tinha de ser destruída e trocada pela fé em Deus.

Lendo São Lucas 22:62,62, descobrimos que quando Pedro aprendeu a chorar sobre suas falhas, uma mudança começou a ter lugar.

Eu penso que se mais pessoas aprendessem Pedro a chorar... a derramar lagrimas sobre os seus erros e pecados, teríamos melhores cristãos dentro das igrejas.

Eu tenho visto pessoas que se envergonham de chorar ou que alguém as veja chorando. Mas eu diria que é necessário chorar as vezes... há ocasiões em que as lagrimas falam mais do que as palavras...

Há muitas coisas que nós precisamos enfrentar e encarar exatamente como elas são, pode ser que as lagrimas brotem em nossos olhos, mas finalmente aprenderíamos a dizer:

“Senhor eu me imaginava tão forte... Eu me imaginava tão bom... mas finalmente descobri que não sou. Senhor eu reconheço e admito que necessito do teu auxilio.”

Muitos há que têm perdido a habilidade de jogar com os sentimentos. Há cristãos que dizem:

“Eu não quero nenhuma emoção em minha religião.”

Mas essas mesmas pessoas estariam dispostas a gritar e se emocionar em favor de uma causa injusta ou numa torcida.

Os nossos sentimentos precisam ser mexidos em nosso relacionamento com Deus. Religião não é emoção... sentimentalismo, mas as emoções fazem parte de nossa religião. Muitas de nossas confissões saem dos nossos lábios misturadas com as lagrimas do arrependimento.

Quando Pedro reconheceu o seu pecado, chorou amargamente... “os grandes homens também choram...” disse certa vez Napoleão Bonaparte.

“Vergonha para um jovem é não saber chorar...”

“Vergonha para um velho é não saber sorrir...”

Jesus disse para Pedro mais tarde (São Lucas 22:32): “mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos.”

Como Pedro poderia nos fortalecer hoje? Eu penso que a experiência de Pedro nos fortalece fazendo-nos encarar o fato de que somos pecadores, falhos e totalmente dependentes de Deus.

Pedro nos fortalece ensinando-nos a chorar sobre os nossos pecados e a dizer: Senhor, eu não posso cuidar de mim mesmo.

Uma boa qualidade de Pedro encontramos em São Mateus 14:28,29. Pedro era um aventureiro de fé... ele aprendeu a explorar o poder de Deus...

Lemos na Bíblia que Pedro começou a afundar...

Alguém pode dizer: “Foi por misericórdia de Deus que ele não afundou.” Sim, eu concordo. Mas eu quero destacar aqui a poderosa fé do discípulo Pedro em sair de dentro do bote...

Eu diria que a maioria não teria coragem e nem nervos suficientemente fortes para sair do bote em meio às trevas e se lançar às águas. Foi um pulo no escuro... um pulo de fé... uma aventura de fé... Ele andou sobre as águas enquanto os outros ficaram agarrados no bote... Eu penso que Pedro começou a afundar quando lhe ocorreu o pensamento de que ele podia cuidar de si mesmo... quando ele desviou os olhos de Cristo.

Mais uma vez aqui o discípulo Pedro nos fortalece ensinando-nos a empreender aventuras de fé... e a não desviarmos os olhos de Cristo. Nossa vitória estar em sermos dependentes de Cristo. Dependência total... irrestrita. Devemos empreender grandes coisas para Deus... não para nós... mas para Deus... Deus se agrada disso.

Há muitos anos o Bispo Wright de Dayton, Ohio, pregou um sermão sobre a audacidade de alguns que pensavam que os homens podiam voar...

“Eles nada sabem”, declarou o Bispo. “Somente anjos podem voar! Assim está decretado por Deus, e nunca acontecerá tal coisa como homens voando pelo ar.”

O Bispo finalmente morreu. Os dois filhos do Bispo o enterraram... mas estes dois filhos do Bispo Wrigth nunca creram em uma só palavra daquele sermão. Os dois jovens ouviram o pai pregando de que pessoa alguma conseguiria voar. Eles então se dirigiram para Kitty Hawk e começaram a voar. Eles eram ousados, aventureiros e conseguiram. Não coloque limites a sua frente... Pense alto... Empreenda grandes coisas para Deus.

Hoje Pedro nos fortalece dizendo: Saia do bote da rotina... seja um explorador do poder de Deus... empreenda grandes coisas para Deus...

Nos temos que aprender com Pedro a exercitar tal qualidade de fé que nos impulsione e nos lance para fora do bote... fora do comum... fora da rotina...

São Francisco de Assis declarou: “No inicio faça o imprescindível... depois o possível... e de repente estará fazendo o impossível.”

“Quebre a rotina... não faça de sua vida uma mesma nota batendo em surdina.”

Deixe os caminhos trilhados e velhos e siga o caminho que ninguém pisou.

“Lance a andar sua planta por novos caminhos e abra novos sulcos onde não haja penetrado a relha de aço de nenhum arado.”

Quebre a rotina... que não seja a sua vida um rincão de museu... repleto de antiguidades ou relíquias do passado...”

“Quebre a rotina e seja um novo ser... uma nova criatura em Cristo.”

“Sacuda o pó que deixam os séculos e siga diante de Cristo.”

“Caminhe e caminhe em uma aventura de fé que nunca termina.”

“Quebre a rotina... sacuda a vida com um ritmo novo e deixe que sua alma, fugaz, peregrina, floresça o milagre de um raro renovo.”

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

QUEM É JESUS PRA VOCÊ?

Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? (Mateus 16:15)
Tem havido muitos carpinteiros e muitos filósofos no mundo. Com tantos competidores, por que o Carpinteiro filósofo de Nazaré tornou-se a figura central da raça humana? Por que dividiu Ele a história do mundo em duas partes: Antes e Depois dele?

Certamente não era a beleza física de Jesus que atraía as pessoas. Ao contrário do que muitos pensam o Carpinteiro de Nazaré “não tinha parecer e nem formosura... e olhando nós para Ele nenhuma beleza víamos para que O desejássemos.” (Isaías 53:2). Jesus não se destacava entre os homens pela sua estatura como era o caso de Saul, o primeiro rei de Israel, ou pelo belo físico, como Absalão, filho do rei Davi (1º Samuel 9:2 / 2º Samuel 14:25). Todavia, algo diferente havia em Jesus que prendia a atenção das multidões. Sua fama crescia. Sua popularidade incomodava os líderes da nação e, de boca em boca a pergunta era uma só: “Quem é este homem?”

E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? (Mateus 8:27)

Esta pergunta era formulada tanto pelos amigos e familiares de Jesus, como também pelos seus opositores. Alguns ao se encontrarem com o Nazareno eram envolvidos pelo amor profundo e sincero. Outros eram possuídos pelo ódio, inveja e vingança. Uns o procuravam por amor, outros por interesses egoístas, e outros ainda o seguiam de perto fazendo-lhe perguntas sutis com o intento de apanhá-lo em algumas palavras. As reações eram adversas e polêmicas.

As autoridades religiosas percebiam que estavam perdendo terreno e perdendo adeptos. Dia após dia, os líderes religiosos eram bombardeados por perguntas sobre a origem do poder de Jesus e eles próprios se perguntavam: “Quem é este homem?”

Jesus era de origem bastante humilde, nascido no mais rude ambiente, participando do lar e passadio de um camponês, da ocupação de operário, vivendo uma vida de dificuldades, identificando-se com os labutadores desconhecidos do mundo, era mais conhecido como carpinteiro na oficina de José. A aldeia onde nasceu era obscura; a cidade onde cresceu era inexpressiva, embora fosso famosa pela impiedade de seus habitantes. A perversidade dos habitantes de Nazaré era proverbial. O mau conceito em que eram tidos, revela-se na pergunta de Natanael: “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?” (João 1:46)

Jesus nunca frequentou as escolas, ele não se instruía nas escolas das sinagogas. Sua mãe foi seu primeiro mestre humano. A pergunta feita durante o ministério do Salvador: “Como sabe este as letras, não as tendo aprendido?” (João 7:15), não quer dizer que Jesus não soubesse ler, mas simplesmente que não recebera instrução dos rabinos.

Aprendeu um ofício e trabalhava com as próprias mãos na oficina do carpinteiro José. Nos simples trajes de operário comum, caminha pelas ruas da pequena cidade, indo e voltando em seu humilde labor.

Jesus nunca se distanciou mais de 300 km. Da cidade onde nascera.

Nunca fez alguma coisa que pudesse aparentar grandeza.

Nunca escreveu livros. A única informação que chegou até nós é de quando ele, fazendo frente aos acusadores da mulher adúltera, escreveu com o dedo sobre a areia. (João 8:6,8).

Nunca possuiu riquezas com as quais pudesse granjear amigos.

Com justa razão todos perguntavam: “Que homem é este?”

No mundo em que vivemos, cada um vale o que tem. Cada um se apresenta a sociedade com seu cartão cheio de títulos e então é bem recebido. Suas opiniões são ouvidas. Sua presença é reclamada.

Diante dele só não se curva os que obtiverem maiores cotas.

Jesus nada disso possuía e, no entanto tornou-se a figura central da história humana. Andou pela Samaria, Galiléia e Judéia sem ostentação, mas com humildade, como servo, vivendo para servir. Era impossível ignorar a presença de Jesus; impossível não ser alcançado pelo poder de sua influência; impossível continuar sendo o mesmo. Houve aqueles que o resistiram, mas nunca mais conseguiram apagar da memória o poder do seu olhar, a força das suas palavras!

Muitos há que colocam Jesus na lista dos grandes nomes da humanidade, como se ele fosse um a mais, mas como declarou Rousseau: “Teria sido um milagre maior inventar uma vida tal como a de Cristo do que ela existir.” Jesus pertence à Bíblia e também pertence à história. Ele é real. Os maiores feitos dos sábios do passado tornam-se insignificante quando confrontados com a vida e obra do carpinteiro filósofo de Nazaré. Aristóteles, Cícero, Júlio César, Alexandre o Grande, Buda, Maomé, Platão, Confúcio e outros refletem palidamente os raios do grande Sol que é Jesus Cristo.

O grande mistério que envolve a pessoa de Jesus pode ser compreendido ao lermos no Evangelho de João 1:14,3,9 que diz:

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai... Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez... Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo.”

Jesus era 100% homem e 100% Deus. Jesus era o Deus único encarnado. Ele é “Emanuel”, o Deus habitando conosco, conforme está escrito no Evangelho de Mateus 1:23:

Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.

Em Mateus 16:13-17 lemos sobre o diálogo de Jesus com os discípulos, quando Jesus expressou o desejo de querer saber “o que diziam as pessoas a seu respeito”. As respostas foram contundentes: “Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas.” (verso 14). Isto se chama “miopia espiritual”, quando as pessoas não conseguem distinguir, discernir, compreender e conhecer quem é Jesus. A compreensão de que Jesus é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” é uma revelação que vem do Espírito Santo. Foi assim que Pedro reconheceu: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo.” (versículo 16).

O Dr. Harry Rimmer, Adventista do Sétimo Dia, enquanto realizava alguns negócios no Oriente Médio, teve ocasião de tratar com um importante oficial do governo Egípcio. Enquanto palestrava com este administrador maometano, a conversação desviou-se para a religião:

- Cremos que Deus deu ao homem três revelações de si mesmo, disse o Dr. Rimmer.

- Também cremos assim, disse o oficial maometano.

- Cremos que Deus revelou-se nas obras da criação, declarou o Dr. Rimmer.

- Nós também cremos assim, respondeu o oficial maometano.

- Cremos que Deus revelou-se num Livro, a Santa Bíblia, continuou o Dr. Rimmer.

- Cremos, respondeu o oficial maometano, que Deus revelou-se num livro, o Alcorão.

- Cremos que Deus se revelou em um homem, e que este homem é Jesus Cristo, disse o Dr. Rimmer.

- Cremos que Deus se revelou em um homem, e que este homem é o profeta Maomé, replicou o oficial.

- Cremos que Jesus morreu para salvar os seus seguidores.

- Cremos que Maomé morreu por seu povo, disse o oficial.

- Cremos, falou o Dr. Rimmer, que Jesus é capaz de cumprir com suas promessas porque ressuscitou da morte.

- Aqui o oficial maometano silenciou! Depois de alguns instantes, finalmente replicou: Não temos nenhuma informação sobre o nosso profeta após a sua morte.

Sim. Jesus é o filho do homem, mas também é o filho de Deus, aquele que é “o Caminho, a Verdade e a Vida” conforme está escrito no Evangelho de João 14:6. Em termos de salvação e de vida eterna, ele é o único caminho, não há atalhos. Ele é a pedra que foi rejeitada pelos edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos." (Atos 4:12).

Niguém jamais leu de homem algum a seguinte expressão: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28).

Quem é Jesus para você? Não é tão simples responder esta pergunta, mas Jesus exige uma resposta:

“E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16:15)

Observe que aqui Jesus não está pedindo para que você diga o que os outros pensam dele, e sim, “o que você pensa dele”. É um diálogo pessoal, de coração para coração e que requer sinceridade diante das palavras do Senhor. Muitos tropeçam na verdade, mas se levantam, batem o pó e seguem adiante como se nada tivesse acontecido. Pobres criaturas, nem sequer perceberam que tropeçaram na Pérola de Grande Preço. Como Pilatos, alguns ficam confusamente indecisos: “Que farei de Jesus, chamado Cristo?” (Mateus 27:22) e acabam decidindo mal, erra a principal questão da existência humana.

Um chinês, usando sua típica linguagem figurada, narrou sua experiência com Jesus Cristo da seguinte forma:

“Eu estava numa cova profunda. Todos os meus esforços para sair frustravam e já não via salvação alguma. Mas, parecia haver gente interessada em socorrer-me. A primeira pessoa foi Confúcio. Ele disse: ‘Meu filho, se você tivesse observado os meus princípios não estaria nesta cova.’ Eu sei, gritei, mas ajude-me agora e seguirei seus princípios. No entanto, Confúcio não tinha recursos para tirar-me daquela cova e prosseguiu seu caminho. Que decepção!”

“Mais tarde apresentou-se outro vulto, Buda. Cruzando seus braços disse: ‘Meu filho, cruze os braços e feche os olhos até chegar ao estado de plena submissão e calma, e finalmente você gozará o Nirvana (a extinção do ser). Relaxe e encontrará descanso.’ Mas, óh que ilusão!”

Finalmente apareceu Maomé. Ele olhou para dentro da cova e disse: ‘Homem, não faça tanto barulho. Sem dúvida sua situação é miserável, mas não tenha receios, tudo é da vontade de Alá. Lembre-se, ninguém pode resistir à sua vontade. Portanto, fale e confesse: Alá é grande e Maomé é o seu profeta. Repita-o sempre até submergir para então gozar o paraíso.’ Maomé retirou-se, mas a mim, criatura miserável, não salvou.”

“Desiludido, nesta situação miserável, sem o menor vestígio de esperança, apresentou-se alguém muito diferente dizendo: ‘Meu filho!’ Ao ouvir aquela doce voz olhei para cima. Lá estava o rosto do filho do homem expressando amor e compaixão. Sem censuras, imediatamente desceu para junto de mim no fundo da cova. Outrora, ele havia dado sua vida para me salvar, agora ele abraçou-me, tirou-me da cova e pôs os meus pés em terra firme. Meus vestidos esfarrapados ele trocou por suas vestes de justiça, e após haver-me saciado, disse-me: ‘Siga-me. Eu guardarei os seus pés da queda e da perdição.’ Por esse motivo, finalizou o chinês, resolvi tornar-me cristão. Agora sigo a Jesus.”

Quem é Jesus pra você? Bem aventurado aquele que de coração aberto e sinceridade de mente disser como disse Pedro: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo.”

O Eterno muito te abençoe em nome de Jesus.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ACONTECIMENTOS ESCATOLÓGICOS

Gostaria de compartilhar convosco alguns acontecimentos vaticinados pelas Santas Escrituras tais como: ARREBATAMENTO, BODAS DO CORDEIRO, GRANDE TRIBULAÇÃO, FIM DO MUNDO, MILÊNIO E ETERNIDADE. É claro que serei sucinta, embora o assunto seja de extrema profundidade. Vamos por parte:

O arrebatamento será a tomada repentina do povo de Deus. O Senhor Jesus no Evangelho de São João afirmou:

E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (João 14:3)

O Apostolo Paulo na 1ª carta aos Tessalonicenses 4:17 afirmou: Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.

Com o arrebatamento da Igreja inicia-se o período mais crucial, mais tétrico da historia da humanidade chamado de grande tribulação. No Evangelho de Mateus 24:21 está escrito: ...porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.

Ao mesmo tempo em que aqui na terra evidencia-se a grande tribulação, no Céu acontece as Bodas do Cordeiro. É isto que nos afirma Apocalipse 19:7: Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou.

O casamento natural entre um homem e uma mulher representa o casamento espiritual de Cristo com a Sua Igreja. Paulo escrevendo aos Efésios 5:31,32 diz o seguinte: Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja.

Assim como uma moça se preserva casta, virgem para aquele que será seu esposo, a Igreja de Cristo se conserva pura, sem macula, sem ruga, para ser apresentada a Cristo, conforme está escrito:

Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; pois vos desposei com um só Esposo, Cristo, para vos apresentar a ele como virgem pura. (2ª Coríntios 11:2)

A Igreja ficará no Céu durante três anos e meio, que será a última parte da última semana das 70 semanas contidas no livro do profeta Daniel. No capitulo 9 de Daniel encontramos no versículo 27 que a última semana foi cortada pelo meio. Portanto e a metade de 7 é 3 anos e meio. Neste período em que a Igreja estará na glória, dois profetas, Moisés e Elias, pregarão aos Judeus por 42 meses, ou seja, por 1.260 dias, que equivalem a 3 anos e meio. Em Apocalipse 11:3 lemos: E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias. Isto é, 3 anos e meio.

No final da grande tribulação o Senhor Jesus virá com seus Santos. Então será o fim do mundo. Lemos em Mateus 24:29,30 o seguinte:

29Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados.
30Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

Esta vinda visível aos olhos do mundo não é a vinda de Cristo para arrebatar a Igreja, pois a Igreja já terá sido arrebatada! É a vinda de Cristo com a Sua Igreja. Em Zacarias 14:5b está escrito: 

Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos com ele.

Esta vinda será visível aos olhos do mundo como está escrito em Apocalipse 1:7:

Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.

Sim. Com esta vinda o Senhor Jesus Cristo efetuará a batalha do Armagedom conforme está escrito em Apocalipse 16:16:

E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom.

Nesta ocasião as nações serão feridas com aquela aguda espada que sai da boca do Senhor. Apocalipse 19:15 nos declara:

Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.

As nações serão feridas e destruídas, tornando-se em cinza sob a planta dos pés dos justos. Em Malaquias 4:3 lemos a seguinte afirmação a este respeito:

E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos exércitos.

A terra será purificada com fogo. Está escrito na 2ª Carta do apóstolo Pedro 3:7:

mas os céus e a terra de agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios.

Passando pelo fogo, a terra será purificada, pois ainda está escrito na 2ª Carta de Pedro 3:13:

Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça.

Na terra então será instalado o glorioso Reino Milenial. Será o Reinado de Cristo durante 1.000 anos com os seus fiéis. Veja o que está escrito em Apocalipse 20:4:

Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

No milênio Satanás estará preso em uma cadeia de circunstância por não ter ninguém a quem ele possa usar. Após o milênio acontecerá a segunda ressurreição. Neste episódio os ímpios serão julgados no juízo do Trono Branco e lançados no lago de fogo. Então não haverá mais tempo, pois milênio é um elemento do tempo. Milênio significa 1.000. Nós entraremos na eternidade ao descer do Céu a Nova Jerusalém. Aleluia!

Em Hebreus 13:14 temos esta firmação:

Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura.

Em Apocalipse 21:1-4 também está escrito:

1E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe.
2E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo.
3E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.
4Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.

Sim caro leitor. A Nova Jerusalém, da qual cada cristão verdadeiro é um cidadão. Cada pessoa que lavou a sua vestidura no sangue do Cordeiro entrará por suas portas. Em Apocalipse 22:14 está escrito:

Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes [no sangue do Cordeiro] para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.

Oh! Que maravilhas!

Vimos, portanto, lemos resumidamente sobre coisas que hão de ser: ARREBATAMENTO, BODAS DO CORDEIRO, GRANDE TRIBULAÇÃO, FIM DO MUNDO, MILÊNIO E ETERNIDADE. Estas grandes verdades estão descritas na Palavra de Deus.

Que o Espírito Santo abra o seu entendimento para compreender e aceitar o plano da salvação para sua vida. (João 16:8)